Imagem: revistacasaejardim.globo.com
Tradicional
Gracioso e convidativo, o estilo tradicional é intemporal e, embora não requeira peças antigas ou antiquadas, o ambiente que proporciona transporta-nos para a elegância e grandiosidade que enchia as casas dos séculos XVIII e XIX. A peça chave deste estilo é a mobília em cerejeira, lado a lado com mobiliário antigo – original ou reproduzido – tudo elaborado segundo um design muito rico e ornamentado, de preferência em tons escuros e intensos. É tradição juntar cores como verde-esmeralda, bordeaux e azul-marinho, a peças douradas, prateadas e de latão. Para um look tradicional mais contemporâneo, escolha cores mais suaves. Enquanto as texturas e tecidos devem complementar-se ao invés de combinarem na perfeição, os elementos decorativos devem ser minimizados, uma vez que as peças de grande porte são, por si só, já bastante elaboradas. Para nos sentirmos verdadeiramente em casa, porque a tradição ainda é o que era...
Contemporâneo/Moderno
Contemporâneo e moderno: pode parecer a mesma coisa e, em alguns aspectos até é. Tanto um como outro estilo reflectem as tendências que surgiram a partir da segunda metade do século XX, até à actualidade. Os espaços são caracterizados por ambientes simples, directos e muito clean que dizem claramente “bem-vindo ao dia de hoje”. Embora ambos os estilos vivam no “aqui e agora”, também têm as suas diferenças. O estilo moderno baseia-se em materiais novos e tecnologicamente avançados (aço escovado, ferro crómio, fibra de vidro, plástico, contraplacado, wengé, faia, entre outros); recorre a formas geométricas e mobília minimalista, orgânica e até futurista; as cores das paredes são normalmente claras e os tectos brancos; privilegia a forma e a impressão artística em detrimento da funcionalidade, relegando também as texturas para segundo plano. O estilo contemporâneo, por sua vez, utiliza muita cor e textura, arte e elementos neutros, embora as suas linhas sejam ainda mais suaves do que aquelas que caracterizam o estilo moderno; a praticabilidade está lado a lado com um bom design. A inspiração do presente e do futuro…
Cottage/Chic Casual
Estilo ultra-confortável e muito à vontade, pode despertar memórias da casa da avó, das tias ou de uma casa de fim-de-semana, tipo cottage. Este é um design perfeito para quem tem um estilo de vida acelerado, dias muito ocupados e até crianças, imperando assim uma casa funcional, que existe exclusivamente para o servir, com elevados padrões de conforto e com um feeling muito caseiro. Num ambiente chic casual tudo está agradavelmente gasto e enrodilhado e não faltam sofás, cadeiras e poltronas XL, muitas das quais cobertas com capas floridas ou estampadas. A mobília raramente condiz, mas o seu aspecto – rústico e pintado com cores claras – acaba por ser encantador. As janelas são vestidas de forma despretensiosa, com recurso a varões de ferro, cortinas semi-transparentes com os mais variados padrões. As cores utilizadas são maioritariamente pastéis, suaves e delicados, para juntar com peças vintage e surpreendentes. Um refúgio contemporâneo…
Country/Rústico
Evidentemente, o estilo country ou rústico não é urbano, nem suburbano, mas antes uma visão idílica da vida rural americana ou british de tempos passados, quando se vivia de forma simples e genuína, retirando da terra tudo o que era necessário para subsistir e ser feliz. Todo o mobiliário é rústico e rural, sendo que as marcas do tempo, profundas e gastas, são parte essencial de todo o charme deste ambiente. O uso de cor é reservado aos tons terra e ao branco-leite, ao contrário dos têxteis, que ganham vida com padrões vintage, onde abundam os quadrados, florais e listrados. A essência kitsch deste estilo é completada por elementos caricatos como cestos de vime e palha, potpourri, colheres de pau, cerâmica, latas decorativas e ainda muitas peças feitas à mão. Só faltam as colchas patchwork a aquecer as camas e uma tarte de maçã acabadinha de sair do forno...
Asiático
O estilo asiático reúne o melhor da cultura e estilo de vida proveniente de países como a China e o Japão, suscitando de imediato imagens apelativas de jardins zen, paus de madeira, wok, tigelas de arroz e saké tomado sentado no chão. O cenário de fundo de qualquer ambiente asiático privilegia as cores neutras e mais naturais, com a existência mínima de objectos decorativos. Os materiais e texturas utilizadas são um reflexo da natureza – cedro, ácer, bambu, pedra, vime entrançado, papel de arroz, seda – e os têxteis são, por norma, tecidos naturais, sem padrões e que não foram sujeitos a processos de tingimento. O preto é uma cor dominante, que pode e deve ser utilizado em conjunto com outros tons. A tradicional arte asiática é simples, gráfica e visualmente forte, o que embora contradiga o estilo asiático em geral – sempre muito delicado e diminuto – permite criar espaços harmoniosos, com destaque para os apontamentos em seda, kimonos, caracteres chineses, almofadas de chão, lanternas de papel, biombos e tapetes “tatami”. Uma viagem para todos os sentidos…
Egípcio
Exótico e original, o estilo egípcio vai obviamente buscar inspiração a uma das civilizações simultaneamente mais antigas e mais desenvolvidas da história da humanidade. Majestosa e real, a grandiosidade de um visual como este é garantida, não só pelos objectos e relíquias primitivas e obrigatórias, mas também pelo uso predominante das cores preto e dourado. Outras cores podem ser aplicadas em “pano de fundo”, mas preferencialmente tons pálidos. Em termos de materiais, a opção vai quase sempre para a pele preta, grés e mármore, em detrimento da madeira, mas se não quiser prescindir deste material, que seja madeira escura. A vertente mais divertida de uma decoração egípcia pode muito bem ser a escolha dos elementos decorativos. Por onde começar? Hieroglíficos, estátuas e máscaras de seres místicos, múmias, bustos e vasos imponentes, entre tantos outros. Mas atenção, nem de mais, nem de menos… com bom gosto para não perturbar os deuses.
Tropical/Náutico
Como tudo aquilo que é trópico, este estilo invoca a tranquilidade das ilhas paradisíacas, onde as cores da Mãe Natureza são tão vívidas que parecem pintadas. O exterior vem para dentro e transforma tudo em amarelo, vermelho e cor-de-laranja, ficando o branco e o verde em segundo plano, não esquecido, apenas subtil. As flores penduram-se nas janelas com tecidos frescos e esvoaçantes, agarrando-se ainda aos sofás e poltronas, por completo, ou como apontamentos em almofadas aconchegadas em mobília de verga. O chão, em madeira clara, convida a pés descalços e as mesas em teca pedem um cocktail colorido. Complete a decoração com algumas plantas ou palmeiras, esculturas em madeira, elementos em pedra ou bambu e, claro, água: um aquário ou então vasos enormes com flores tropicais. Mais reservado e elegante, o estilo náutico também se baseia na vida ao ar livre, mais precisamente a vida marítima. Com o seu triângulo colorido de azul, branco e vermelho a dominar todas as viagens decorativas, fica ainda melhor quando se juntam elementos com cordas, pedras, conchas, réplicas de barcos, redes, remos e âncoras. Para um cheirinho de Verão e de férias todo o ano, mesmo que o mar não esteja a dois passos da porta...
fonte: http://eudecoro.com/artigos/qual-seu-estilo-decoracao
DICAS:
Reflita sobre como prefere viver
"Você se sente melhor em espaços abertos ou intimistas, bem iluminados ou mais escuros, de visual limpo ou cheios de detalhes? Esse tipo de pergunta estabelece eixos para você montar sua casa", ensina Viviane Mosé.
Crie um arquivo de referências
Colecionar imagens de ambientes, móveis e objetos que lhe agradam ajuda a elaborar seu espaço. A empresária Yvonne de Goeye, cujo terraço será apresentado nas próximas páginas, lançou mão de idéias reunidas numa pasta de recortes. "Costumo ler revistas das mais variadas e, quando um ambiente me atrai, arranco a página", conta.
Cultive um repertório visual
"Ir a cinema, teatro, museus e galerias, além de exposições de decoração, é uma oportunidade para exercitar seu gosto. Quanto mais coisas você vê, mais facilmente identifica o que lhe emociona", diz o estilista Dudu Bertholini, da grife Neon. O conhecimento adquirido nessas experiências naturalmente irá refinar suas escolhas.
Valorize sua história
"A casa hoje é uma espécie de autobiografia dos moradores", afirma o sociólogo italiano Francesco Morace, diretor do Future Concept Lab, um instituto de tendências com sede em Milão. Para colocar as memórias em evidência, resgate móveis de família e exponha lembranças de viagem. "Minha sala tem uma estante que me acompanha há 20 anos, desenhos que meus filhos fizeram com os amigos, cadeiras herdadas de uma tia e bancos que encontrei em um brechó. É a cara da família inteira", revela a arquiteta Lúcia Carvalho.
Use suas coisas arrumadas do seu jeito
Não deixe os melhores vasos, talheres, louças e castiçais fechados no armário, à espera de uma ocasião especial. Se eles são preciosos para você, estreite a convivência e empregue- os no dia-a-dia. É importante ainda que a forma de dispor esses e outros itens pela casa tenha a sua mão.
Mude quando sentir vontade
Ao olhar ao redor e perceber que a decoração não reflete mais o seu momento, é hora de agir. "Mas sem jogar sua história fora e recomeçar do zero", sugere Lúcia Carvalho. Trocar poucas peças e modificar a distribuição dos móveis já produz um grande efeito.
Caso conte com os serviços de um arquiteto de interiores ou decorador, converse bastante com ele, procurando esclarecer ao máximo como você quer sua casa.
http://casa.abril.com.br/casaclaudia/livre/0556/casas/mt_262481.shtml
Texto: LÚCIA SANTOS GUROVITZ
Texto: LÚCIA SANTOS GUROVITZ
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